14 de nov. de 2009

Uniban, ainda


Esse caso da menina do Uniban me fez pensar em uma coisa: As Roupas.
Roupas são usadas por vários motivos. O primeiro e mais óbvio, por necessidade. Pra se proteger do frio. Contudo, as questões culturais e sociais são mais importantes que a necessidade física de roupa. Por exemplo, no Brasil; especificamente no Rio de Janeiro, se não fosse o decoro e a moral, eu sairia com a genitália desnuda no calor de 40º do verão. Qual a necessidade de se usar roupas, nesse caso?

As roupas fazem parte da ética criada por valores sociais. Um exemplo disso é a da Geisy. Um vestido curto e vermelho não é adequado – pelos preceitos culturais vigentes – a Universidade Bandeirantes. Os alunos dessa universidade julgam esse tipo de vestimenta como parte do vestuário de mulheres que trabalham na carreira da prostituição. Olha quantos valores culturais estão colocados nessa frase! Os alunos da universidade fazem parte de um microcosmo social onde a maioria julga que aquela vestimenta não é adequada. É um consenso criado. Não precisa estar escrito para se criar um pacto. Outra coisa interessante é perceber que aquele tipo de roupa (vestido vermelho, curto e apertado) é associado à prostituição e essas pessoas julgam que a prostituição é ruim. Algo a ser execrado, enforcado e esquartejado em praça pública.

Esse fato nos mostra como o sexo é o que move a sociedade, pois afinal, se não fosse o sexo, ninguém nascia, só Jesus. Nos mostra também como estamos ficando cada vez mais puritanos. Penso que tenha a ver com a proliferação exponencial das igrejas evangélicas. Por outro lado estamos vendo uma luta maior contra a homofobia e os direitos civis. Um avanço já foi retirar a homosexualidade do rol das doenças. Mas a coisa mais difícil é retirar a doença do preconceito e da intolerância. Ainda mais agora em que vejo claramente um retrocesso da liberdade sexual. Isso tem a ver, ao meu ver, justamente com o crescimento em PG enquanto o liberalismo sexual cresce em PA. Prevejo uma noite de São Bartolomeu, onde os massacrados serão os diferentes e a maioria será de evangélicos. Depois do massacre, haverá o apocalipse. Onde Jesus descerá dos céus e virá julgar a todos. Afinal, Jesus é filho de Deus, assim como nós. Somos feito à sua imagem e semelhança. Ou seja, se Ele e o Filho Dele, julga quem serão os eleitos, porque não nós, que somos filhos do mesmo pai? Nós também julgamos tudo e todos a todo o momento, para todo o sempre, amém!

Nenhum comentário: