
Esse é um álbum repleto de mística. Diversas vezes reconhecido como o melhor álbum ou o mais influente de todos os tempos. Som revolucionário + arte-gráfica fenomenal + 4 garotos de Liverpool no auge da forma musical e com entrosamento entre eles. O que mas poderíamos esperar?
Esse disco nasceu da idéia de Paul. Ele queria criar um conceito para o disco. “Estávamos cansados de ser os Beatles” – disse o próprio McCartney tempos depois, em sua biografia. Paul, em um vôo para Londres em 1966, teve a brilhante idéia do conceito do disco. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band seria uma espécie de alter-ego do grupo, um disfarce. “Nós fingiríamos ser outra pessoa”, McCartney explica em Anthology, “Isso libera você. Você pode fazer qualquer coisa quando você é Mike e sua guitarra, porque ele não é você”. Parece que essa liberdade de ser outra pessoa deu certo. Som mais psicodélico. Mas solto.
Vale lembrar que a partir de Revolver (1966), os Beatles deixaram de fazer shows juntos, devido à complexidade dos arranjos e a falta de tecnologia da época para executar tais arranjos, devido também a estarem um pouco de saco-cheio de toda a badalação e expectativas em cima deles. Porém, o fato de não excursionarem mais, desde agosto de 1966, suscitou um dos maiores mitos da história do rock perdendo para “Elvis (Presley) não morreu”: Paul McCartney haveria morrido em 9 de novembro de 1966, num acidente de carro às 5h da manhã. Sgt. Pepper está repleto de referências a suposta morte do baixista dos Beatles. Desde a capa, até as músicas. Eu, em particular acredito que a partir de Sgt. Pepper as pistas existam mesmo. Não que Paul tenha morrido, mas como uma forma de markenting. Uma coisa interessante é que realmente McCartney sofreu um acidente de moto em 66. Mas teve ferimentos leves. Notem algumas referências da morte de Paul McCarney em Sgt. Pepper:
- A capa simboliza o funeral do Beatle.
- Um dos arranjos de flores lembra o baixo tocado por Paul, mas somente com cordas. Ou seja, só restam 3 beatles e o que tocava o baixo morreu.

- Há uma mão aberta sobre a cabeça de Paul. O que isso significa eu não sei. Mas há muitas referências a isso!

- Perto do S de Beatles, tem uma boneca segurando um carro. Esse carro seria o mesmo modelo do que Paul estava quando morreu.

- Na contracapa, todos olham para frente, menos Paul (pra não reconhecerem o sósia).

- Na música homônima ao disco, eles apresentam o sósia ao mundo: Billy Shears: "so let me introduce to you the one and only Billy Shears".
- A última faixa do album, A day in the life, faz referência direta a morte do Beatle. “Ele estourou sua cabeça em um carro, pois não percebeu que as luz do semáforo mudou” e ainda “uma multidão parou e assistiu, eles viram seu rosto antes, mas ninguém tinha certeza se era ele”
- Lovely Rita, 10 faixa, Paul não notou que as luzes do semáforo mudaram por estar olhando para uma inspetora de parquímetros (em inglês, Meter maids).
- Em Good Morning, 11 faixa, uma estrofe diz: “nada pode ser feito para salvar sua vida”
Mais informações sobre a morte de Paul, clique aqui.
Boatos a parte, o que importa aqui é que esse álbum marca uma ruptura, anunciada em Revolver. Ruptura com tudo o que os 4 garotos de Liverpool fizeram até então. Confesso que minha fase preferida dos Beatles é justamente essa: de 1967 a 1970. Período mais curto, mas que marca o diferencial da banda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário