7 de abr. de 2008

Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band - Parte 1


Esse é um álbum repleto de mística. Diversas vezes reconhecido como o melhor álbum ou o mais influente de todos os tempos. Som revolucionário + arte-gráfica fenomenal + 4 garotos de Liverpool no auge da forma musical e com entrosamento entre eles. O que mas poderíamos esperar?


Esse disco nasceu da idéia de Paul. Ele queria criar um conceito para o disco. “Estávamos cansados de ser os Beatles” – disse o próprio McCartney tempos depois, em sua biografia. Paul, em um vôo para Londres em 1966, teve a brilhante idéia do conceito do disco. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band seria uma espécie de alter-ego do grupo, um disfarce. “Nós fingiríamos ser outra pessoa”, McCartney explica em Anthology, “Is
so libera você. Você pode fazer qualquer coisa quando você é Mike e sua guitarra, porque ele não é você”. Parece que essa liberdade de ser outra pessoa deu certo. Som mais psicodélico. Mas solto.

Vale lembrar que a partir de Revolver (1966), os Beatles deixaram de fazer shows juntos, devido à complexidade dos arranjos e a falta de tecnologia da época para executar tais arranjos, devido também a estarem um pouco de saco-cheio de toda a badalação e expectativas em cima deles. Porém, o fato de não excursionarem
mais, desde agosto de 1966, suscitou um dos maiores mitos da história do rock perdendo para “Elvis (Presley) não morreu”: Paul McCartney haveria morrido em 9 de novembro de 1966, num acidente de carro às 5h da manhã. Sgt. Pepper está repleto de referências a suposta morte do baixista dos Beatles. Desde a capa, até as músicas. Eu, em particular acredito que a partir de Sgt. Pepper as pistas existam mesmo. Não que Paul tenha morrido, mas como uma forma de markenting. Uma coisa interessante é que realmente McCartney sofreu um acidente de moto em 66. Mas teve ferimentos leves. Notem algumas referências da morte de Paul McCarney em Sgt. Pepper:

  1. A capa simboliza o funeral do Beatle.
  2. Um dos arranjos de flores lembra o baixo tocado por Paul, mas somente com cordas. Ou seja, só restam 3 beatles e o que tocava o baixo morreu.
  3. Há uma mão aberta sobre a cabeça de Paul. O que isso significa eu não sei. Mas há muitas referências a isso!
  4. Perto do S de Beatles, tem uma boneca segurando um carro. Esse carro seria o mesmo modelo do que Paul estava quando morreu.
  5. Na contracapa, todos olham para frente, menos Paul (pra não reconhecerem o sósia).
  6. Na música homônima ao disco, eles apresentam o sósia ao mundo: Billy Shears: "so let me introduce to you the one and only Billy Shears".
  7. A última faixa do album, A day in the life, faz referência direta a morte do Beatle. “Ele estourou sua cabeça em um carro, pois não percebeu que as luz do semáforo mudou” e ainda “uma multidão parou e assistiu, eles viram seu rosto antes, mas ninguém tinha certeza se era ele”
  8. Lovely Rita, 10 faixa, Paul não notou que as luzes do semáforo mudaram por estar olhando para uma inspetora de parquímetros (em inglês, Meter maids).
  9. Em Good Morning, 11 faixa, uma estrofe diz: “nada pode ser feito para salvar sua vida”

Mais informações sobre a morte de Paul, clique aqui.

Boatos a parte, o que importa aqui é que esse álbum marca uma ruptura, anunciada em Revolver. Ruptura com tudo o que os 4 garotos de Liverpool fizeram até então. Confesso que minha fase preferida dos Beatles é justamente essa: de 1967 a 1970. Período mais curto, mas que marca o diferencial da banda.


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