Janela Indiscreta

Há coisas que só fazemos quando estamos sozinhos. Por exemplo, ligar o som alto e cantar com alguma coisa na mão imitando microfone aos berros, ou então dançar desengonçadamente na sala, ou ainda ouvir aquela música cafona que você se recusa a admitir publicamente que gosta, e outras coisitas mais. Ou seja, há coisas e momentos na vida de qualquer ser humano que ele precisa de um pouco de privacidade, seja pra tirar meleca, seja pra andar pelado pela casa.

Infelizmente hj em dia, em uma cidade grande como o Rio de Janeiro tem que se ter muito cuidado ao fazer esse tipo de coisa. Ontem vi minha vizinha numa dessas cenas que eu não precisava ver. Ela estava dançando, coitada, imitando bailarina! Podia ter filmado essa cena pra pôr no youtube, ou mesmo nesse blog, mas não me passou isso pela cabeça na hora. Aliás, a única coisa que me passou pela cabeça foi rir. Chorar de rir.

Depois do ocorrido fui a sala e percebi que quando abro a cortina da sala imediatamente aparecem dezenas de janelas! Isso mesmo, dezenas. Que servem tanto para ser olhado como para olhar. Aí é que mora o perigo. Há várias paradas que só faço quando estou sozinha (que não vou dizer pq é muita queimação de filme) e tenho que me policiar para fazer essas coisas com a cortina fechada.

Cuidado com os olhares alheios, ok? Vamos manter o mínimo de privacidade nesses tempos de orkuts, facebooks, twiiters e afins! Até porque eu adoro saber da vida dos outros. Adoro uma fofoca, mas convenhamos que certas coisas eu não preciso saber!