E a eleição, afinal, pegou fogo! Até a caixa de comentários aqui do blog bombou com eleitores furibundos, discutindo virtudes e defeitos dos dois postulantes à cadeira naquela sala ampla, no décimo-terceiro andar do Piranhão, onde hoje se senta Cesar Maia. O clima atingiu em cheio a dupla que disputa o segundo turno, desembocando num debate ebuliente. Daqui até o domingo 26, vai ser chapa quente, como antigamente.
Ontem... bem, foi impressionante ver Eduardo Paes, treinado até a medula, diante das câmeras por tanto tempo. Do gestual às palavras, do jeito de olhar ao mexer de cabeça, das frases curtas ao desfiar interminável de números e lugares pouco conhecidos da cidade... ele é igual ao Cesar Maia. A essa altura do campeonato, um clone!
Com todo o respeito, parecia um filme de terror. Quase dá para pedir exame de DNA do candidato do PMDB que troca de partido como quem troca de roupa. Certamente, o conjunto de cacoetes ficou tatuado no córtex cerebral de Paes desde os tempos em que ele era entusiasmado subprefeito de Cesar. Marcante, o ainda prefeito influencia profundamente os gestos e a fala de Solange Amaral, sua candidata, que ficou no primeiro turno.
Domingo à noite, na Band, o peemedebista esculachava seu inventor político - até uns 15 minutos atrás, eles posavam de Montéquio e Capuleto da política carioca, mas é sempre bom checar, as convicções dessa gente mudam muito - com o gestual igualzinho ao dele. Muito esquisito.
É, na verdade, fruto da mesma árvore bizarra, que leva Eduardo Paes ao desfrute de ostentar, todo orgulhoso, o apoio político de Lula - aquele, que o então deputado tucano batia sem dó nem piedade durante as intermináveis sessões da CPI dos Correios, que investigava o mensalão. Vendo as imagens hoje - tem, claro, no YouTube, este antídoto virtual contra a incoerência política -, mal dá para acreditar. Parece a continuação daquele filme de terror iniciado aí em cima. Uma coisa, assim, "O clone I" e "O clone II - os primeiros anos".
Paes é novo, mas parece velho. O troca-troca de partidos, a desculpa capenga de mudar tanto de lado "em nome do Rio" (dureza engolir essa história...), a forma ultrabrifada de debater, a foto plastificada com o ex-inimigo mortal... Você aí já não viu tudo isso incontáveis vezes?
Ah: será sempre melhor a sujeira da propaganda eleitoral na democracia do que a assepsia da ditadura. Só que aquele papelzinho que o cabo eleitoral pago prende no pára-brisas do carro irrita. Mas irrita muito...
Ontem... bem, foi impressionante ver Eduardo Paes, treinado até a medula, diante das câmeras por tanto tempo. Do gestual às palavras, do jeito de olhar ao mexer de cabeça, das frases curtas ao desfiar interminável de números e lugares pouco conhecidos da cidade... ele é igual ao Cesar Maia. A essa altura do campeonato, um clone!
Com todo o respeito, parecia um filme de terror. Quase dá para pedir exame de DNA do candidato do PMDB que troca de partido como quem troca de roupa. Certamente, o conjunto de cacoetes ficou tatuado no córtex cerebral de Paes desde os tempos em que ele era entusiasmado subprefeito de Cesar. Marcante, o ainda prefeito influencia profundamente os gestos e a fala de Solange Amaral, sua candidata, que ficou no primeiro turno.
Domingo à noite, na Band, o peemedebista esculachava seu inventor político - até uns 15 minutos atrás, eles posavam de Montéquio e Capuleto da política carioca, mas é sempre bom checar, as convicções dessa gente mudam muito - com o gestual igualzinho ao dele. Muito esquisito.
É, na verdade, fruto da mesma árvore bizarra, que leva Eduardo Paes ao desfrute de ostentar, todo orgulhoso, o apoio político de Lula - aquele, que o então deputado tucano batia sem dó nem piedade durante as intermináveis sessões da CPI dos Correios, que investigava o mensalão. Vendo as imagens hoje - tem, claro, no YouTube, este antídoto virtual contra a incoerência política -, mal dá para acreditar. Parece a continuação daquele filme de terror iniciado aí em cima. Uma coisa, assim, "O clone I" e "O clone II - os primeiros anos".
Paes é novo, mas parece velho. O troca-troca de partidos, a desculpa capenga de mudar tanto de lado "em nome do Rio" (dureza engolir essa história...), a forma ultrabrifada de debater, a foto plastificada com o ex-inimigo mortal... Você aí já não viu tudo isso incontáveis vezes?
Ah: será sempre melhor a sujeira da propaganda eleitoral na democracia do que a assepsia da ditadura. Só que aquele papelzinho que o cabo eleitoral pago prende no pára-brisas do carro irrita. Mas irrita muito...
Aydano André Motta
Nenhum comentário:
Postar um comentário