19 de fev. de 2008

Le Premier Bonheur du Jour

Venho demonstrar aqui a minha admiração por essa banda que, ao meu ver, é a melhor banda brasileira de todos os tempos e uma das melhores do mundo. Longe de passar por essa discussão acerca da volta dos Mutantes, com ou sem Rita Lee, sobre geriatras e afins, quero unicamente dividir a informação, da biografia dos Mutantes, lançada em 1995 e que ganhou reimpressão em 2006, de Carlos Calado, chamada A divina Comédia dos Mutantes. Quem tiver a oportunidade de comprar, eu recomendo porque vale a pena. Mesmo ainda estando na metade do livro. Ele conta com algumas curiosidades como por exemplo a que eu transcrevo abaixo:

Manoel Barenbein ficou um tanto perplexo ao ver Rita Lee entrar no estúdio, trazendo na mão uma bomba de Flit (um insecticida muito popular na época, que era usado com um vaporizador primitivo, pré-embalagem aerossol). Durante alguns minutos, o produtor da Philips até conseguiu fingir que tudo corria normal. Stélio Carlini, o técnico de som, já estava completando os preparativos para iniciar a gravação de Le Premier Bonheur du Jour, quando Barenbein viu aquele objeto bizarro sendo colocado junto com os instrumentos do conjunto. O produtor não conseguia segurar mais a curiosidade e quis saber o que eles pretendiam com aquela geringonça.

Muito simples: a ideia dos Mutantes era usar o ruído da bomba para substituir o som do chimbau da bateria, durante a gravação. O maestro Rogério Duprat não só adorou a proposta, como sugeriu encher a bomba com água, em vez de usá-la vazia, porque dessa forma o som podia ficar mais encorpado. Acabaram descobrindo que a água também alterava a sonoridade do inusitado instrumento - o som ideal era mesmo produzido com a bomba cheia de insecticida. Difícil foi ficar no estúdio após a sessão de dedetização sonora.



Simplesmente toque de originalidade genial dos três jovenzinhos de São Paulo.

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