Venho demonstrar aqui a minha admiração por essa banda que, ao meu ver, é a melhor banda brasileira de todos os tempos e uma das melhores do mundo. Longe de passar por essa discussão acerca da volta dos Mutantes, com ou sem Rita Lee, sobre geriatras e afins, quero unicamente dividir a informação, da biografia dos Mutantes, lançada em 1995 e que ganhou reimpressão em 2006, de Carlos Calado, chamada A divina Comédia dos Mutantes. Quem tiver a oportunidade de comprar, eu recomendo porque vale a pena. Mesmo ainda estando na metade do livro. Ele conta com algumas curiosidades como por exemplo a que eu transcrevo abaixo:Manoel Barenbein ficou um tanto perplexo ao ver Rita Lee entrar no estúdio, trazendo na mão uma bomba de Flit (um insecticida muito popular na época, que era usado co
m um vaporizador primitivo, pré-embalagem aerossol). Durante alguns minutos, o produtor da Philips até conseguiu fingir que tudo corria normal. Stélio Carlini, o técnico de som, já estava completando os preparativos para iniciar a gravação de Le Premier Bonheur du Jour, quando Barenbein viu aquele objeto bizarro sendo colocado junto com os instrumentos do conjunto. O produtor não conseguia segurar mais a curiosidade e quis saber o que eles pretendiam com aquela geringonça.Muito simples: a ideia dos Mutantes era usar o ruído da bomba para substituir o som do chimbau da bateria, durante a gravação. O maestro Rogério Duprat não só adorou a proposta, como sugeriu encher a bomba com água, em vez de usá-la vazia, porque dessa forma o som podia ficar mais encorpado. Acabaram descobrindo que a água também alterava a sonoridade do inusitado instrumento - o som ideal era mesmo produzido com a bomba cheia de insecticida. Difícil foi ficar no estúdio após a sessão de dedetização sonora.
Simplesmente toque de originalidade genial dos três jovenzinhos de São Paulo.
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